MEDIUNIDADE E MEDIUNISMO



“O missionário do bem na terra no pode ser outro exemplo maior do que o Cristo, humilhado e crucificado no sublime mistério da renúncio absoluta. O médium, consciente das elevas abrigações que lhe cabem, sofre antagonismos do medo, da incompreensão e, muitas vezes dos mais amados. Além do que que, experimenta o constante assédio desintegrante das forças das trevas que rodeiam a maioria dos homens. Por aparentar uma contribuição, porém a verdade, nos domínios da revelação, paga a preço de sacrifícios, em relação a indiferença dos seus semelhantes”
(MAES, Hercílio – Ramatís – Mediunidade de Cura, Edição Virtual em espanhol, p.11 – Traduzido por Tatiane Marcondes)

É praticamente impossível falarmos em mediunidade e caridade sem nos portarmos ao maior médium de todos os tempos; Jesus Cristo. Não existe exemplo de doação e conduta maior do que as mensagens em seu evangelho e seu apelo para que possamos nós também seguirmos seus passos.

“1 Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
3 E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais também vós.
5 Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
7 Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai. E já desde agora o conheceis, e o tendes visto.
8 Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
9 Disse-lhe Jesus: Estou há tempo convosco, e não me tendes conhecido Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai e como dizes tu: ‘Mostra-nos o Pai?’
10 Não crês tu que estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim é quem faz as obras.
12 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores que estas, porque eu vou para meu Pai.
16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
17 O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê e nem o conhece, mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
20 Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós.
26 Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.”
Bíblia Sagrada (João 14:1-26)

De tantos trechos bíblicos, creio que neste em especial, João conseguiu traduzir muito da alma de Cristo. Primeiro ele nos fala de respeito e responsabilidade. Mostrando que um não caminha sem o outro, respeito para com as diferenças dos homens e a responsabilidade de orientá-los em seus caminhos.
Jesus afirma que “a casa do Pai” tem muitas moradas e não se coloca contra nenhuma, sendo assim, é claro que não existem ‘moradas’ melhores ou piores e sim apenas muitas delas, perfeitas como tudo o que vem de Deus e ideais para aqueles que fazem parte delas.
Quando nos deparamos com o versículo 6, temos mais uma forte afirmação: “ Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. É difícil nos vermos como caminho, verdade e vida; quem se arriscaria a ser exemplo? Porém após essa afirmação vem o fato mais convicto e que nos dá a capacidade necessária para crermos nesse caminho: “ninguém vem ao Pai senão por mim”
Deus é justo e tem dado provas disto por milênios, se este é o caminho para o Pai é porque temos condições de traçá-lo.
Dentro de tantas afirmações importantes, temos uma que nos chama atenção: “porque eu estou no Pai e o Pai está em mim”; essa afirmação vem carregada de características natas em nós e que nos torna realmente a imagem e semelhança de Deus, a certeza de que aceitando a centelha divina de Deus em nós, nos tornamos verdadeiros milagres.
E tudo isso termina fundamentado numa promessa, o Consolador, aquele que não nos abandonará. E este Consolador virá fundamentado, vestido como o Espírito da Verdade. E novamente pergunto quem está preparado para entender a verdade? Para vê-la?
Até o momento falamos de um Deus de justiça e amor, mas também falamos de um homem com um dom, o dom da mediunidade, tão conhecido nos centros como o Médium Supremo.
Porém mediunidade é mediunidade e não importa o filho de quem você seja, ela continuará a ser mediunidade. Quem fará dela boa ou ruim será a sua consciência e dedicação perante ela.
Mas o que Jesus tem a ver com a nossa mediunidade? O que tem a ver com você? E se eu te perguntasse se você respeita a Deus? Qual seria sua resposta?
E se eu falasse que respeitar não é o mesmo que temer? Se respeitar é crer na verdadade do outro?
E você, crê na verdade de Deus?
Crê num Deus justo, amoroso, misericordioso e Pai? Se crê nisto, sabe que ele não faria diferença entre seus filhos e você é filho de Deus tanto quanto Jesus. E se isso te parecer absurdo, pense que é algo reafirmado por Jesus quando fala que você fará o mesmo e até mais crendo n’Ele.
Agora analise se Jesus foi homem como somos, teve família e esta enfrentou seus problemas diários, teve amigos, infância, e até discípulos e estes por vezes pareciam incrédulos, chegando a abandoná-lo próximo a sua morte. Então eu pergunto: No que Jesus foi privilegiado?
O que são problemas cotidianos perto de uma crucificação?
A diferença são apenas duas coisas: humildade e sabedoria. Humildade que foi cultivada durante toda a sua existência sábia, aonde há humildade, há tolerância e sabedoria banhada numa mediunidade baseada nos verdadeiros frutos do espírito.
Assim como Jesus, todos temos uma missão a cumprir na Terra e para nos ajudar a realizá-la com louvor, Deus coloca em nossos passos verdadeiros guias, que nos conduzem como cegos para moradas mais altas. Cristo aceitou sua missão e se fez cego aos olhos da carne para compreender uma visão mais ampla; agora basta você se fazer cego aos problemas do mundo, sem ignorá-los, porém sem absorvê-los e seguir também sua missão.
Ser médium não é ter regalias e sim cumprir com uma responsabilidade de socorrer não apenas ao seu semelhante mas antes de mais nada, a si mesmo.

“Devemos adverti-los que a humanidade atualmente alcançou o período de seu mais grave e doloroso reajuste karmico. O século apocalíptico em que vivem, e a época profética de “Fim dos Tempos” exigem que se abram as portas de todos os templos iniciáticos, pois o fenômeno mediúnico se generalizou na luz do dia, e se manifesta cotidianamente a todos os homens, sem de raça, classe social, cultura ou situação esconômica.”
(MAES, Hercílio – Ramatís – Mediunidade de Cura, Edição Virtual em espanhol, p.13 – Traduzido por Tatiane Marcondes)

A umbanda tem dentro de sua natureza a magia, uma magia mesmo nos templos egípcios e sendo baseado nessa afirmação que devemos considerar a “ciência esotérica” em todos os fenômenos dentro de um território e inclusive na mediunidade.
Em outras palavras devemos buscar o conhecimento necessário para compreender melhor nossos rituais e a mediunidade; mas se tratando de algo espiritual é preciso compreender até que ponto nosso conhecimento é o suficiente para nos conceder todas as respostas. Um bom exemplo para isso é a mediunidade de profecia, como se pode explicar o conhecimento do futuro?
É hora de abrimos os olhos e enxergarmos as dádivas de Deus, mas acima disso é hora de assumirmos nosso lugar como milagre divino, como vasos cheios de essência divina denominada vida, amor, fé. Mas que busca ainda espaço em nossas almas. Conhecimento e fé precisam caminhar de mãos dadas. Sejamos como o Mestre que adormeceu em meio a tempestade, pois tinha certeza de quem era, do que era capaz, de ser filho de Deus, mas acima de tudo, tinha certeza dos propósitos de sua vida. E então eu questiono: Qual os propósitos da sua vida?
Não somos Jesus, mas temos também a capacidade de sermos mais do que estamos nos permitindo. Acho que perdemos algumas noções de deveres e prioridades, nossa agenda está lotada e faz tempo que Deus, Jesus, o bom senso e a fé cega tentam marcar uma hora apenas conosco e assim tentar nos recordar o porque encarnamos, que garanto, nada tem haver com nossas contas mensais.

“Vocês estão sempre envolvidos pela emanação espiritual, pela força que se irradia da aura do Cristo, que veio do Deus pai-Mãe para proteger, purificar e iluminar o caminho para todas as crianças de Deus. Vocês não podem permanecer fora dessa vida do Filho, o Cristo. Enquanto a humanidade se contorce em agonia, enquanto almas sombrias infligem sofrimento e almas ignorantes sofrem, recordem-se sempre que vocês não uni canal através do qual Cristo pode atingir outros e iluminar a escuridão deles... o Mestre ensinou através do assim denominado milagre em que acalmou a tempestade. O Mar da Galiléia representa o corpo da alma agitado pelos elementos exteriores. O Mestre, adormecido no barco, ou no coração (do ser) do homem, levante-se e quieta a tempestade; pois não é Ele o Mestre, o comandante? Ele é a paz.”

(COOKE, Grace. Chakras e Mediunidade – noções básicas sobre os chakras, Edição Virtual. p.6-7)


AUTORA: AROKIN

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